Augusto Cesar

- Tenho MBA em Cerimonial e Protocolo em Eventos Institucionais; - Sou Chefe do Cerimonial da UFRA e da UEPA; - Sou professor da UEPA nas disciplinas Etiqueta e Planejamento, Organização e Execução de Cerimonial de Eventos; - Sou professor do IFPA-Bragança nas disciplinas Layout de Eventos, Etiqueta, Cerimonial e Protocolo, Captação e Patrocínio em Eventos; - Sou professor da ESAMAZ nas disciplinas Planejamento de Eventos I e II para o curso de Turismo; - Trabalhei no planejamento, organização, coordenação e execução das solenidades de transmissão de cargo dos governadores Almir Gabriel e Simão Jatene. - Trabalhei nas gestões dos governadores Almir Gabriel e Simão Jatene, no planejamento, organização, coordenação e execução das visitas dos presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e do Primeiro-Ministro de Portugal a época Mário Soares à quando de suas visitas protocolares ao Estado do Pará; - Trabalhei no planejamento, organização, coordenação e execução das solenidades de outorga da Medalha da “Ordem do Mérito Grão Pará”, na gestão do governador Almir Gabriel. - Treinei e implantei o cerimonial das prefeituras municipais de Canaã dos Carajás e Santarém, além de treinar e reciclar a equipe do cerimonial da Prefeitura Municipal de Belém; - Participei no planejamento, organização, coordenação e execução da inauguração dos principais logradouros da cidade e do seu entorno como as pontes que compõem a Alça Viária iniciando pela “Fernando Henrique Cardoso” e inauguração da 13ª turbina da Usina de Tucurui (as duas com a presença do presidente Fernando Henrique Cardoso), Inauguração da Orla do Maçarico (Salinas), Instituto de Segurança Pública do Estado (IESP) em Marituba, Obras da Macro-drenagem da Bacia do Una, Estádio Olímpico do Pará (Mangueirão), Estação das Docas, Parque da Residência, Instituto de Gemas São José Liberto, Terminal de Passageiros do Aeroporto Internacional de Belém, Complexo Feliz Luzitânia (Igreja de Santo Alexandre, Forte do Castelo e Casa das Onze Janelas), enquanto Chefe, Subchefe e Mestre de Cerimônias do Cerimonial da Governadoria do Estado nas gestões dos governadores Almir Gabriel e Simão Jatene. - Coordenei o cerimonial do “Jogo das Estrelas” com os Amigos do Ronaldinho Gaúcho, realizado em Belém em 2008, no Estádio Olímpico do Pará, com a presença de 35 mil pessoas; - Sou orientador de TCC e de artigos científicos do curso de MBA em Cerimonial, Protocolo e Eventos Institucionais.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

PROTOCOLO NA VI CONFITEA

Ministro da Educação Fernando Haddad

Participei do planejamento e execução do cerimonial da VI Conferência Internacional de Educação de Adultos – CONFITEA, evento promovido pela UNESCO com a participação de 172 delegações estrangeiras, que aconteceu em Belém do Pará, em dezembro de 2009. Este evento só acontece a cada 12 anos e é a primeira vez que se realiza em um país do hemisfério Sul.

Neste evento, algumas situações interessantes, no que diz respeito a protocolo, aconteceram além de muitas curiosidades, haja visto que tínhamos representantes do mundo inteiro no mesmo local.





A primeira coisa foi à montagem da mesa oficial, pois o evento tinha seu próprio protocolo e era internacional. A proposta da mesa repassada pelo Itamaraty em ordem de precedência foi a seguinte:

- Senhor Walter Hierche, Presidente da V CONFITEA (observem que o evento era a VI CONFITEA);
- Sra. Irina Bokova, Diretora Geral da UNESCO (promotora do evento);
- Sra. Ana Júlia Carepa, Governadora do Estado do Pará;
- Sua Alteza Real Princesa Laurentien, dos Países Baixos, representante especial para alfabetização para o desenvolvimento da UNESCO;
- Sr Fernando Haddad, Ministro da Educação;
- Sr Alpha Oumar Konaré, ex-presidente do Mali, Ex-presidente da União Africana e fundador dos Estados Unidos da África.
- Sr. Adama Ouame, Secretário Geral da CONFITEA;
- Sr. Mattar Baldeh e Sra. Maria Almazan Khan, representantes sociedade civil da campanha global para a alfabetização.

Reparem que mesmo tendo uma princesa na mesa, com prerrogativas de Chefe de Estado, a mesma passou depois da Governadora. Outra curiosidade nesta questão de protocolo, é que o governo brasileiro concedeu prerrogativas de Chefe de Estado ao Sr Konaré, mesmo ele sendo Ex-Presidente e não exercer nenhum cargo público.

Quanto aos pronunciamentos, foi a seguinte ordem:

- Senhor Walter Hierche, Presidente da V CONFITEA (observem que o evento era a VI CONFITEA);
- Sr Fernando Haddad, Ministro da Educação;
- Sra. Irina Bokova, Diretora Geral da UNESCO (promotora do evento);
- Sr. Mattar Baldeh e Sra. Maria Almazan Khan, representantes sociedade civil da campanha global para a alfabetização.
- Sr Alpha Oumar Konaré, ex-presidente do Mali, Ex-presidente da União Africana e fundador dos Estados Unidos da África.
- Sua Alteza Real Princesa Laurentien, dos Países Baixos, representante especial para alfabetização para o desenvolvimento da UNESCO;
- Sra. Ana Júlia Carepa, Governadora do Estado do Pará;

O pronunciamento por último da Governadora foi uma cortesia da UNESCO depois de uma reunião acalorada, mesmo sabendo que pelo nosso protocolo a Princesa, como maior autoridade à mesa, deveria encerrar os pronunciamentos.

Ai vem o aprendizado: no meio internacional vale as prerrogativas inerentes do cargo, mas o bom senso prevalece sempre e observei no evento que a questão da vaidade, de fazer valer uma posição de hierarquia, não tem o mesmo peso que as autoridades brasileiras pedem para si.

CURIOSIDADES DA CONFITEA

- Os horários eram seguidos a risca. Havia um cronômetro voltado para a platéia e quando um expositor extrapolava seu tempo, entrava uma música por alguns segundos. Detalhe: eles escolheram um pequeno trecho de um tecnobrega para avisar que o tempo havia acabado.
- Para chamar a atenção dos participantes, o presidente da mesa deveria usar um pequeno martelo que a organização do evento esqueceu. Ai foi providenciado um martelo de madeira de bater bife, destes que usamos em nossa casa. No segundo dia o mesmo foi substituído por outro de madeira.
- Quase aconteceu um incidente diplomático. A arrumação das delegações em mesas com seis pessoas, duas para cada país, é em ordem alfabética no idioma onde estiver sendo realizada a cerimônia. Esqueceram de Aruba e eles foram colocados no final do salão. Reclamaram mas não teve jeito.
- A conferência da Senadora Marina Silva foi muito bem recebida pelos participantes, ao ponto de ser aplaudida de pé e quando seu tempo terminou e o Ministro Fernando Haddad, que presidia a mesa, lhe concedeu mais um tempo, ela comentou que fazia juz ao mesmo devido a quatro características suas: era mulher, política, professora e latina. A platéia foi ao delírio.
- Durante as sessões plenárias, não se ouvia conversas paralelas e nem gente passeando pelo auditório. Todos ficavam atentos ao que estava sendo exposto e quando queriam faziam sua intervenção, usavam o microfone disponível em cada mesa.
- A necessidade de conhecer outra língua é fundamental neste mundo globalizado. Verifiquei que mesmo países do chamado terceiro mundo e pobres, seus delegados falavam mais de três línguas, sem incluir a pátria. E entre nós, quem domina uma língua se acha bem no mercado.
- Está comprovado: Belém não está preparada para receber eventos deste porte, pois temos carência de mão-de-obra qualificada. Foi um sufoco para achar mais de 100 recepcionistas bilíngües. A saída foi recrutar alunos e professores nas universidades e cursinhos de línguas, que embora dominassem línguas, não tinham a menor noção de eventos e de como se portar frente a uma autoridade estrangeira. A empresa de eventos que foi licitada em Brasília não tinha experiência neste tipo de evento e nem em relacionamento pessoal. As reclamações foram muitas. Tai um excelente nicho de mercado inexplorado.
- Outra curiosidade: nos intervalos todos os participantes das delegações deixavam seus pertences nos devidos lugares, tipo computadores pessoais, bolsas, sacolas e ninguém mexia. Fantástico.

PRECEDÊNCIA É BOM E EU GOSTO



Recentemente um colunista de um jornal de grande circulação de Belém do Pará escreveu que o Vice-Governador do Estado perdeu uma ótima oportunidade de se manifestar para uma platéia seleta por causa de uma “tal de precedência”.


Isso ocorreu em um evento em que estava prevista a participação do Vice-Governador, mas o cerimonialista que estava conduzindo o evento “bateu pé” dizendo que como era um evento corporativo, o anfitrião do evento presidiria e falaria por último.

O cerimonial do Vice-Governador questionou colocando que isso afrontaria o que está previsto no Decreto 70.274, de 9 de março de 1972, art. 2º e 7º, pois na paridade dos poderes federal, estadual e municipal, o vice-governador presidirá a cerimônia a que comparecer. Resultado: o Vice-Governador cancelou sua participação e o problema veio a público colocando o anfitrião do evento em uma saia justa porque foi mal assessorado.

Aqui a de se colocar uma questão de protocolo. A participação assim como as prerrogativas do cargo de vice-governador está prevista em Lei e se a mesma não for respeitada, esse desrespeito é para a instituição pública além do gestor da mesma. Se estiver na lei, cumpra-se.

O colunista, desconhecedor da Lei, sentenciou que o Vice-Governador, com sua atitude, estava errado e não teria nada demais não ficar no lugar que lhe é seu de direito e de fato.Seguindo o raciocínio do cerimonialista, a de se perguntar que e se o visitante fosse o Presidente da República ele não presidiria?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O CERIMONIALISTA E O HINO NACIONAL

APRESENTAÇÃO
Comenta-se muito que cerimonial é criatividade e bom senso. Cerimonial é mais do que isso, é antes e acima de tudo, o fiel acatamento da legislação, convenções internacionais, normas e regras aliadas ainda à cultura, tradições e costumes, que influem diretamente na organização do cerimonial de um evento. Uma das práticas errôneas, uma invencionice, que grassa nas cerimônias pelos diversos rincões do país, surgido não se sabe de onde e nem como, “é voltar-se (autoridades e público) na direção da Bandeira Nacional, por ocasião da execução do Hino Nacional”. Essa prática, além de não encontrar respaldo legal, sugere que a Bandeira Nacional é mais importante que o Hino Nacional e portanto tem precedência sobre este.
O Hino Nacional, juntamente com a bandeira, as armas e o selo, são símbolos que representam a nação brasileira, a pátria que amamos e respeitamos. Os símbolos nacionais são pares, não há precedência e muito menos hierarquia entre eles; todos, isoladamente ou em conjunto são símbolos da nação, expressando o espírito cívico dos brasileiros.

Constitui-se violação de culto ao Hino Nacional, virar-se na direção da Bandeira Nacional durante a execução do Hino Nacional, exceto nos casos previstos na lei em que a Bandeira Nacional é o símbolo cultuado.

OS SÍMBOLOS NACIONAIS

Durante o período monárquico e a República Velha, muito pouco se regulamentou sobre a forma e apresentação dos símbolos nacionais. Com o advento do Estado Novo surge o pensamento de dar-se padrão nacional a forma e apresentação dos símbolos nacionais; pensamento este, que culminou com a publicação do Decreto-Lei nº 4.545 de 04 de setembro de 1942. A atual Lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971, nada mais é do que o aperfeiçoamento e atualização daquele Decreto-Lei.

A Constituição brasileira (§ 1º Art 13) estabelece que são quatro os símbolos nacionais da República do Brasil, a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. Autoriza ainda os Estados, o Distrito Federal e os Municípios terem seus próprios símbolos.

As Armas Nacionais e o Selo Nacional não têm o apelo popular da Bandeira Nacional e do Hino Nacional, o seu uso é quase que restrito aos órgãos oficiais, por isso mesmo as violações de uso são poucas e quando existem são pouco notadas. Não existe cerimonial de culto às Armas Nacionais e ao Selo Nacional. Estes símbolos dignificam repartições públicas, oficializam publicações e documentos do Governo, autenticam atos e validam diplomas dos estabelecimentos de ensino.

O símbolo nacional de maior apelo popular é sem dúvida a bandeira, seguida do hino. A bandeira é um símbolo forte, marcante, como diz Coelho Neto, “é um pano é uma nação, como a cruz é um madeiro e é toda uma fé”. A bandeira é o símbolo mais lembrado e enaltecido por escritores, poetas e a mídia.

A bandeira é símbolo tão forte e marcante, que por vezes é usada em manifestações populares com o descontentamento da atuação imperialista de outra nação; não tendo como se opor e impotentes diante do poderio bélico e econômico mostram seu repúdio violando a bandeira. É o que se constata atualmente no Oriente Médio, onde as bandeiras israelense e norte americana são pisoteadas e queimadas em praças públicas pretendendo-se com esse gesto atingir Israel e Estados Unidos.

A bandeira brasileira, visualmente muito bonita, heráldicamente representativa e poética também, é a marca do brasileiro no mundo. Para Alexandre Vollner, a bandeira “é a marca de um povo”. Apesar da Bandeira Nacional atender melhor o orgulho e ufanismo pátrio, essa aparente precedência sobre os demais símbolos não encontra amparo na legislação.

A legislação atual, que tem como fundamento principal a Lei nº 5.700 de 1º de setembro de 1971, complementada em parte pelo Decreto nº 70.274, de 09 de março de 1972, não esgota e nem esclarece totalmente o uso e culto aos símbolos nacionais, especialmente à Bandeira Nacional e ao Hino Nacional. Falta regulamentação dos pormenores prescrito no Art. 43 da citada Lei. Para os militares esses pormenores estão regulamentados através do Decreto nº 2.243, de 03 de junho de 1997. Para os integrantes da sociedade civil ainda não houve qualquer regulamentação dos ditos pormenores, exceto para os estabelecimentos de ensino. Quando a legislação é omissa, a controvérsia é certa.

HISTÓRICO DO HINO NACIONAL
O Hino Nacional Brasileiro, considerado um dos mais líricos do mundo foi composto por Francisco Manuel da Silva, provavelmente em 1831. Durante a monarquia foi adotado por consenso popular e não por ato oficial, sendo oficializado depois da proclamação da República pelo Decreto nº 171 de 20 de janeiro de 1890. A letra de Joaquim Osório Duque Estrada, escrita em 1909, foi adotada oficialmente, com pequenas modificações efetuadas pelo próprio autor, na véspera do centenário da independência do Brasil pelo Decreto nº 15.671, assinado pelo Presidente da República Epitácio Pessoa.

O lirismo abstrato do Hino Nacional reúne poesia e música como símbolo da nação brasileira sendo mais fácil a percepção para as pessoas que dominam a linguagem musical. Para os brasileiros “cegos” é o único símbolo nacional perceptível, portanto, mais abrangente que os demais símbolos. Fora dos casos previstos no Art. 25 da Lei nº 5.700, o Hino Nacional não é coadjuvante da Bandeira Nacional nas cerimônias; os profissionais que fazem cerimonial devem ter o cuidado de não passar ao público essa falsa impressão.

LEGISLAÇÃO
As violações de uso e culto dos símbolos nacionais são constantes, cometidas por insuficiências de formação e informação, desconhecimento ou interpretação equivocadas da legislação e outras ainda por falta de regulamentação. As mais grosseiras violações são sem dúvida ao Hino Nacional. Não quanto a sua realização, pois geralmente é executado por músicos sob a direção de um competente maestro, mas no culto em cerimônias onde não é lhe dado o devido destaque. Cabe pois aos cerimonialistas resgatar o valor do Hino Nacional como manda a legislação.

A Lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971 e suas alterações, dispõe sobre a forma e a apresentação dos símbolos nacionais, a exemplo da Constituição Federal, estabelece que são símbolos nacionais, a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, as Armas Nacionais e o Selo Nacional. Vejamos o que nos ensina do Hino Nacional.

Art. 25. Será o Hino Nacional executado:
I – Em continência à Bandeira Nacional e ao Presidente da República, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, quando incorporados; e nos demais casos expressamente determinados pelos regulamentos de continência ou cerimônias de cortesia internacional;
II – Na ocasião do hasteamento da Bandeira Nacional, previsto no parágrafo único do art 14.
§ 1º A execução será instrumental ou vocal de acordo com o cerimonial previsto em cada caso.
§ 2º É vedada a execução do Hino Nacional, em continência, fora dos casos previstos no presente artigo.
§ 3º Será facultativa a execução do Hino Nacional na abertura de sessões cívicas, nas cerimônias religiosas a que se associe sentido patriótico, no início ou no encerramento das transmissões diárias das emissoras de rádio e televisão, bem assim para exprimir regozijo público em ocasiões festivas.
§ 4º Nas cerimônias em que se tenha de executar um Hino Nacional Estrangeiro, este deve, por cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro.
......................................................................................................................
Art. 30. Nas cerimônias de hasteamento ou arriamento, nas ocasiões em que a Bandeira se apresentar em marcha ou cortejo, assim como durante a execução do Hino Nacional, todos devem tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio, os civis do sexo masculino com a cabeça descoberta e os militares em continência, segundo os regulamentos das respectivas corporações.
Parágrafo único. É vedada qualquer outra forma de saudação.
......................................................................................................................
Art. 43. O Poder Executivo regulará os pormenores de cerimonial referentes aos Símbolos Nacionais.

Assim dos incisos I e II do artigo 25 extrai-se que são apenas seis as circunstâncias legais em que o Hino Nacional se presta para reverência:

I. Em continência à Bandeira Nacional;
II. Em continência ao Presidente da República;
III. Em continência ao Congresso Nacional incorporado;
IV. Em continência ao Supremo Tribunal Federal incorporado;
V. Nas cortesias internacionais;
VI. Por ocasião do hasteamento semanal obrigatório da Bandeira Nacional nas escolas ( parágrafo único do art. 14).

Das seis situações, apenas duas são reverência a Bandeira Nacional, uma em continência (inciso I) e a outra por ocasião da cerimônia cívica semanal dos estabelecimentos de ensino (inciso II), regulamentada no Dec. nº 4..835, de 8 de setembro de 2003. Portanto para grande parte das solenidades do dia a dia dos cerimonialistas, das seis circunstâncias resta uma, “quando o Hino Nacional é executado em continência à Bandeira Nacional” (inciso I) .

A polêmica, talvez esteja na falta de entendimento do conceito de “continência”. Para o mestre Aurélio continência é o cumprimento do militar. Este conceito está corroborado na legislação militar. É pela continência que o militar manifesta respeito e apreço, não só a outro militar mas também aos símbolos nacionais, à tropa formada, à autoridades e aos civis de suas relações. Embora a legislação não diga claramente, obviamente a execução da continência implica em o saudante voltar-se na direção do saudado.

O Hino Nacional é executado, em continência, apenas nas cinco situações previstas no inciso I do artigo nº 25. O parágrafo 2º deste artigo veda taxativamente a execução do Hino Nacional, em continência, fora destas cinco situações. Do parágrafo 3º deduzimos que o Hino Nacional pode ser executado, e nesta circunstância reverenciado em ocasiões festivas de regozijo público. É o culto ao Hino Nacional nas diversas solenidades que diariamente acontecem no país.

O artigo nº 30 prescreve os procedimentos de respeito devidos à Bandeira Nacional e ao Hino Nacional. Mais uma vez se observa não haver precedência entre estes dois símbolos. Aliando-se o texto deste artigo com o parágrafo único, pode-se deduzir que durante a execução do Hino Nacional não é permitida a saudação com palmas, mas não proíbe as palmas após a execução.

O Decreto nº 70.274, de 09 de março de 1972 e suas alterações, disciplina as normas do cerimonial público e a ordem geral de precedência, acrescenta muito pouco ao que está prescrito na Lei nº 5.700. Para a Bandeira repete quase que literalmente o que está na Lei. Para o Hino, quase nada, reafirma que nas cerimônias em que se tenha de executar Hino Nacional estrangeiro, este precederá, por cortesia, o Hino Nacional brasileiro. O caput do Artigo nº 20 acrescenta:

Art. 20. A execução do Hino Nacional só terá início depois que o Presidente da República houver ocupado o lugar que lhe estiver reservado, salvo nas cerimônias sujeitas a regulamentos especiais.

O que chama a atenção neste Decreto, é a relação muito estreita do cerimonial público civil com o cerimonial militar. Apenas para se ter uma noção dessa proximidade, em seis situações o Decreto remete os procedimentos a serem adotados nas cerimônias ao “cerimonial militar”, em muitas ainda induz e em outras tantas associa o cerimonial civil ao militar.

Os procedimentos do cerimonial militar estão regulamentados no Decreto nº 2.243, de 03 de junho de 1997, conhecido no meio castrense como RCONT ou R-2 (regulamento de continências). Abaixo os dispositivos deste documento legal que podem, em muitas situações serem comuns aos civis e militares, embora prescritos para os militares:

Art. 1º Este Regulamento tem por finalidade:
..................................................................................................
Parágrafo único. As prescrições deste Regulamento aplicam-se às situações diárias da vida castrense, estando o militar de serviço ou não, em área militar ou em sociedade, nas cerimônias e solenidades de natureza militar ou cívica.

Este parágrafo único prescreve que o militar deve acatar o regulamento de continências fora da caserna, inclusive nas cerimônias e solenidades civis.

Art. 15. Têm direito à continência:
I – a Bandeira Nacional:
a) ao ser hasteada ou arriada diariamente em cerimônia militar ou cívica;
b) por ocasião da cerimônia de incorporação ou desincorporação, nas formaturas;
c) quando conduzida por tropa ou contingente de Organização Militar;
d) quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo, acompanhada por guarda ou organização civil, em cerimônia cívica;
e)................................................................................................................................ II – o Hino Nacional, quando executado em solenidade militar ou cívica;
................................................................................................................................... XII – as Bandeiras e os Hinos das Nações Estrangeiras nos casos dos incisos I e II deste artigo;

O presente dispositivo deixa claro que a Bandeira Nacional (inciso I) e o Hino Nacional (inciso II) estão nivelados, ambos têm direito à continência. Observa-se no inciso I, letras: a), b), c) e d) as situações em que a Bandeira tem direito à continência. O cerimonial prescrita que o Hino Nacional será executado por ocasião do hasteamento ou arriamento da Bandeira Nacional (letra “a” do inciso I), e nesta ocasião direito a continência do militar, do civil, atitude de respeito, de pé e em silêncio, (Art. nº 30 da Lei nº 5.700). Para os casos previstos nas letras b), c), d) e e) há previsão de continência mas não de execução do Hino Nacional. O inciso II prescreve que o Hino Nacional tem direito à continência quando executado em solenidade militar ou cívica, portanto de uma abrangência maior do que a Bandeira. Note-se que as continências para a Bandeira se limitam a cinco situações, enquanto o Hino Nacional tem direito à continência em todas as solenidades militares e cívicas em que for executado.
Igual preceito é estendido às Bandeiras e Hinos das Nações Estrangeiras (inciso XII). O cerimonial olímpico e os eventos esportivos internacionais têm suas próprias regras, de acordo com convenções internacionais.

Art. 24. Todo militar faz alto para a continência a Bandeira Nacional, ao Hino Nacional e ao Presidente da República.
§ 1º Quando o Hino Nacional for tocado em cerimônia religiosa, o militar participante da cerimônia não faz a continência individual, permanecendo em atitude de respeito.
§ 2º Quando o Hino Nacional for cantado, a tropa ou militar presente não faz a continência, nem durante a sua introdução, permanecendo na posição de “sentido” até o final de sua execução.

O caput deste artigo determina que o militar deve parar para saudar a Bandeira Nacional, o Hino Nacional e o Presidente da República. Observe-se novamente o tratamento isonômico dado aos dois Símbolos. Oportunas e acertadas as prescrições dos parágrafos 1º e 2º, note-se que não manda voltar-se para a direção da Bandeira Nacional.

Art. 25. Ao fazer a continência ao Hino Nacional, o militar volta-se para a direção de onde vem a música, conservando-se nessa atitude enquanto durar sua execução.
§ 1º Quando o Hino Nacional for tocado em cerimônia à Bandeira ou ao Presidente da República, o militar volta-se para a Bandeira ou para o Presidente da República.
§ 2º Quando o Hino Nacional for tocado em cerimônia militar ou cívica, realizada em ambiente fechado, o militar volta-se para o principal local da cerimônia (...)

O artigo 25 e parágrafos orientam claramente para que direção o militar deve voltar-se nas diversas situações. Seria cômico se nessas circunstâncias o civil participante do evento tivesse procedimento diferente. Chama atenção o parágrafo 2º, parece que este dispositivo esclarece grande parte das dúvidas sobre a polêmica em questão. A conclusão que se chega com base neste parágrafo, que durante a execução do Hino Nacional em solenidade com composição de mesa de honra realizada em ambiente fechado, sem hasteamento da Bandeira Nacional, o público volta-se para a mesa de honra e os componentes da mesa apenas se levantam tomando atitude de respeito. Ninguém se volta para a Bandeira, muito menos as autoridades da mesa. Em hipótese nenhuma os componentes da mesa podem dar as costas ao público. Seria um desrespeito das autoridades para com um dos elementos essências da nação (povo), em favor de um dos símbolos dessa nação.

Art. 90. O Hino Nacional pode ser cantado em solenidades oficiais.
§ 1º Neste caso, cantam-se sempre as duas partes do poema, sendo que a banda de música deverá repetir a introdução do Hino após o canto da primeira parte.
.....................................................................................................................
§ 3º Nas solenidades em que seja previsto o canto do Hino Nacional após o hasteamento da Bandeira Nacional, esta poderá ser hasteada ao toque de marcha batida.

A prescrição acima faculta a execução vocal do Hino Nacional nas solenidades, porém sempre as duas partes. Do parágrafo 3º deduz-se que numa mesma solenidade pode-se reverenciar, tanto a Bandeira como o Hino em momentos distintos; mais um indicativo de que quando o culto é dirigido ao Hino Nacional, ninguém deve voltar-se para a Bandeira, já cultuada por ocasião do seu hasteamento.

Como os pormenores de cerimonial referentes aos Símbolos Nacionais a que faz referência o artigo nº 43 da Lei nº 5.700 para os civis ainda não foram regulamentados, o Decreto nº 70.274, mistura o cerimonial civil e militar, estabelecendo procedimentos que podem ser comuns a civis e militares e o RCONT (regulamento de continências dos militares) aprovado pelo Decreto nº 2.243, em alguns aspectos se caracteriza pela assimilação de comportamentos consagrados pela sociedade civil e adotados como preceitos pelos militares, é oportuno e perfeitamente viável, valer-se o cerimonial destes ensinamentos legais para adotar procedimentos comuns de cerimonial em solenidades. Não se pode estabelecer para uma mesma solenidade, mesmo que civil, procedimentos distintos para civis e militares.

Outro ensinamento que o cerimonial pode buscar na caserna, agora na doutrina, é o conceito de ambiente fechado (local coberto), a que se refere o parágrafo 2º, do Artigo 25 do RCONT e ambiente aberto. Para efeito de cerimonial considera-se ambiente fechado ou local coberto, gabinetes, templos, repartições civis e militares, refeitórios, teatros, auditórios, salas de reuniões, quartos e salas; são ambientes abertos ou assim considerados, locais de circulação ou de espera (saguões, pérgulas, etc.), praças públicas, pátios internos, estádios, complexos esportivos, ginásios de esporte, mesmo que total ou parcialmente cobertos.

É importante a percepção clara deste conceito, uma vez que nas cerimônias realizadas em ambiente fechado não existe cerimonial de hasteamento ou arriamento da Bandeira Nacional. Nas cerimônias em ambiente fechado, o dispositivo da Bandeira deve estar pronto. Caso haja execução do Hino, a reverência é ao Hino Nacional.

CONCLUSÃO

Como a Lei nº 5.700 ordena que o Hino Nacional seja executado em continência à Bandeira Nacional (inciso I do Art. 25), o Decreto nº 2.243 (RCONT) complementa que a execução em continência será por ocasião do hasteamento ou arriamento em cerimônia cívica ou militar (letra a, inciso I do Art. 15) e nos demais casos previstos (letras b, c, d, e, inciso I do Art. 15) em que a Bandeira tem direito à continência, não há execução do Hino Nacional, a conclusão legal que se chega é que, em uma só circunstancia a Bandeira Nacional recebe continência com execução do Hino Nacional, é por ocasião do seu hasteamento ou arriamento quando todos os presentes, autoridades, público civil e militar voltam-se na direção da Bandeira Nacional enquanto durar a execução do Hino. Nas demais solenidades e cerimônias de natureza civil ou militar em que houver execução do Hino Nacional (sem cerimonial de hasteamento ou arriamento), a reverência é ao Hino Nacional. A Lei nº 5.700(§ 2º do Art. 25), proíbe enfaticamente a execução do Hino Nacional em continência, fora dos casos acima citados.
Nas cerimônias em que é executado o Hino Nacional em ambiente aberto (com a Bandeira já hasteada) todos se voltam (em atitude de respeito, de pé e em silêncio), para a direção de onde vem a música. Em ambiente fechado, todos se voltam para o principal local da cerimônia, mesmo tendo no ambiente um dispositivo de Bandeira Nacional.

O Hino Nacional pode ser executado por banda de música, (civil ou militar), orquestra, coral, cantor(es), gravação, etc... com canto ou não de todos os presentes, conforme previsto no cerimonial do evento.

Os textos legais, muito técnicos, redigidos juridicamente e em linguagem heráldica, são de difícil compreensão para a maioria dos brasileiros. Populares em suas manifestações cívicas, não usarem e cultuarem os símbolos nacionais na forma da lei é compreensível, não se pode aceitar o mesmo de autoridades e cerimonialistas. As violações se multiplicam desde os altos escalões da República, às pequenas escolas do interior do país. Conciliando-se a legislação, a doutrina, as normas protocolares e as práticas cerimonialísticas, seguem pequenos lembretes que podem ser úteis na administração da polêmica em questão:

1. Quando o Hino Nacional for executado em continência à Bandeira Nacional (caso do hasteamento) todos se voltam na direção da Bandeira Nacional;

2. Quando o Hino Nacional for executado em continência ao Presidente da República, todos se voltam na direção do Presidente;

3. Quando for executado em continência ao Congresso Nacional incorporado ou ao Supremo Tribunal Federal incorporado, todos se voltam para os Presidentes dos respectivos poderes;
4. Quando o Hino Nacional, precedido por Hino Nacional Estrangeiro, for executado em continência a um Chefe de Estado Estrangeiro ou um Embaixador Estrangeiro, todos se voltam para a autoridade estrangeira;

5. Quando o Hino Nacional for executado em cerimônia realizada em ambiente aberto ou assim considerado, sem o hasteamento da Bandeira Nacional, todos se voltam para a direção de onde vem a música;

6. Quando o Hino Nacional for executado em cerimônia realizada em ambiente fechado todos se voltam para o principal ponto da cerimônia.. Ninguém se volta para dispositivos de bandeiras, banda de música, coral ou cantor;

7. Em hipótese nenhuma os componentes do local de destaque (ex: mesa de honra) dão as costas ao público durante a execução do Hino Nacional;
8. Nas cerimônias religiosas, em que for executado o Hino Nacional, todos permanecem em atitude de respeito, levantando-se os que estiverem sentados;
9. O Hino Nacional será executado em honra a Bandeira Nacional, somente nas cerimônias em ambientes abertos ou assim considerados e mesmo assim só quando houver hasteamento ou arriamento;

O conhecimento do assunto estudado não resolve por si só a polêmica em questão. É necessária boa vontade dos cerimonialistas em quebrar esse paradigma onde vigora essa prática ilegal. A sugestão é que inicialmente com discrição, as autoridades e público sejam orientados pelo cerimonial do evento, se necessário, através do mestre de cerimônias. Se a orientação discreta não resolver que seja de forma enfática e direta.

Essa polêmica com certeza não teria criado corpo, se o artigo nº 40 da Lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971, fosse respeitado quando diz que ninguém poderá ser admitido no serviço público sem que demonstre conhecimento do Hino Nacional, conhecer não só o poema e a música, mas o uso e culto que lhe é devido como Símbolo Nacional.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

MUNDO CORPORATIVO E AS BOAS MANEIRAS

Além da competência e do foco em resultados, há outra coisa que pode dar um belo empurrão na sua carreira: boas maneiras.

Você é considerado um profissional competente e tem um currículo brilhante, impecável. É proativo, orientado para resultados e tem uma constante preocupação em se manter atualizado. Então, por que cargas d'água vive sendo preterido nas promoções? Por que não consegue convencer os recrutadores a lhe contratar? Por qual razão sua carreira simplesmente não decola?
É possível que esteja se preocupando demais em desenvolver suas capacidades técnicas e dando pouca atenção a suas habilidades sociais.

"Para conseguir avançar nos níveis internos, é preciso mais do que a simples disposição para o trabalho", diz o consultor americano John Molloy, autor do livro Molloy's Live for Success. "As habilidades sociais são um pré-requisito determinante para o sucesso no mundo corporativo.

Você está seguro de que sabe comportar-se corretamente num almoço de negócios? Tem competência ao se apresentar para outras pessoas? É capaz de conduzir uma conversa polida? Sabe vestir-se adequadamente tanto para uma reunião como para o casual day?

Afinal, as empresas estão dando um peso cada vez maior a suas atitudes, a sua postura e a seu modo de proceder. Saber como agir nas mais variadas situações do dia-a-dia de trabalho e driblar as saias-justas representa uma vantagem competitiva e tanto.

Isso leva a crer que você tem educação, bom-senso e traquejo - e, portanto, está preparado para representar a empresa em qualquer ocasião. Não dê ouvidos se alguém lhe disser que se preocupar com a etiqueta é algo fútil ou secundário.

Dominar o código de comportamento em vigor no mundo dos negócios faz bem, sim, para sua vida profissional. Uma enquete eletrônica realizada em dezembro no site de VOCÊ s.a. dá mostra de que as pessoas estão, pouco a pouco, tomando consciência disso.

De um total de 480 entrevistados, 88% acham que profissionais atentos às regras de etiqueta têm mais chance de crescer e se dar bem na carreira do que outros.

A etiqueta corporativa, no entanto, é muito mais do que saber distinguir entre um garfo de salada e o do prato principal.

Qualquer atitude que incomode as pessoas a seu redor é considerada falta de modos. Exemplos: bater o telefone, falar alto, importunar seu colega com conversas e perguntas o tempo todo, exagerar no perfume, esquecer do desodorante, entre outros.

"Como os sinais de trânsito e os mapas rodoviários, o protocolo do escritório nos protege de colidir com os outros, de magoar os sentimentos dos colegas ou de prejudicar a reputação da empresa", diz Amy Vanderbilt, autora de O Livro Completo de Etiqueta. A elegância abrange, ainda, a consideração e o respeito por subordinados, chefes e colegas e a disposição em ser agradável e gentil.

Isso não significa sair por aí beijando ou bajulando todo mundo. As pessoas podem ser bem-educadas, corteses e sociáveis ao mesmo tempo em que mantêm uma atitude positiva, simpática e, sobretudo, genuína - o que nos remete a questões como valores e ética. Se você é uma pessoa divertida, atenciosa, flexível e tolerante, pode estar certa de que muitos erros lhe serão perdoados.

Simpatia é fundamental em qualquer situação. É ela que aproxima as pessoas e torna a vida da gente muito mais fácil", diz Cláudia Matarazzo no livro Etiqueta sem Frescura. "Infelizmente não há regras para ser simpático, mas se preocupar com o bem-estar dos outros já é, sem dúvida, um bom começo."

A vida profissional exige uma etiqueta correta em inúmeras ocasiões - muitas delas, delicadas. Obviamente não é possível prever todas. Selecionamos algumas mais comuns:

- Poucas são as situações em que seu cuidado com a etiqueta e sua postura são tão minuciosamente observados quanto numa entrevista de trabalho.

- Para não fazer feio, a primeira providência é chegar ao encontro com 15 ou 20 minutos de antecedência. "Se você se atrasar, telefone logo que puder para o entrevistador", dizem Lynne Brennan e David Block, autores do livro Etiqueta no Mundo dos Negócios (editora Futura).

- A explicação deve ser breve e acompanhada de um pedido de desculpas. Se esperar para fazer isso quando chegar, terá dado a ele um tempo enorme para pensar mal de você.

- Ao entrar na sala do recrutador, permaneça em pé até que lhe convidem a sentar. Na hora dos cumprimentos, faça contato visual, sorria, dê um aperto de mão firme (mas não do tipo quebra-nozes) e deixe seu interlocutor dar início à conversa.

- Para se sentir mais à vontade, acomode-se bem para trás na cadeira e fique numa posição ereta, mas relaxada. Não fique balançando o pé nem passe a mão no rosto. Fica proibido fumar e fazer observações negativas sobre seu antigo (ou atual) empregador.

- Também pega mal tocar em assuntos relacionados a dinheiro até que todos os aspectos referentes ao emprego tenham sido discutidos. Ao se despedir, agradeça que o tenham recebido. Se for o caso, pergunte quando deve esperar notícias.

- É no primeiro encontro que se iniciam os contatos sociais e profissionais - daí sua importância. Nessa hora é fundamental agir com naturalidade, sutileza e presença de espírito.

- Para começar, os consultores de etiqueta são quase unânimes ao afirmar que as fórmulas "encantado(a)" ou "é uma honra" caíram em desuso. Segundo eles, um simples e objetivo "Como vai?" ou "Tudo bem?" já está de bom tamanho. Deixe a expressão "Muito prazer" para o fim. Assim, você terá tempo suficiente para conhecer seu interlocutor - e certificar-se de que foi mesmo um prazer.

- Dar longos abraços, tapinhas nas costas e beijinhos no rosto das pessoas é uma atitude antiprofissional. O ideal é estender a mão direita com firmeza (mas sem exagero) e acompanhar o cumprimento com um sorriso amável. Se você for apresentar alguém, é importante informar algo além do nome e do cargo da pessoa.

- "Informações extras servem para colocá-la dentro de um contexto, facilitando a conversação", dizem Peggy e Peter Post em seu livro The Etiquette Advantage in Business (editora Harper Collins), inédito no Brasil. Se houver mais de uma pessoa na roda, clientes, mulheres e pessoas mais velhas e mais altas na hierarquia têm prioridade nessa hora.

- Quem toma a iniciativa de cumprimentar? Em geral, o primeiro a avistar o outro. Detalhe: homens sempre se levantam para cumprimentar. Mulheres, não. Num restaurante, se por acaso avistar um conhecido, acene discretamente. Permaneça sentado.

- Usar as palavras com habilidade é essencial no mundo dos negócios. Você pode ser um profissional brilhante, mas se comete erros gramaticais, de pronúncia e de vocabulário, engole palavras, tem uma inflexão falsa ou uma voz desagradável terá dificuldade em persuadir os outros a aceitar suas idéias ou a comprar seus produtos.

- Pode até mesmo ser esquecido quando se tratar de promoções e aumentos. Falar demais, interromper seu interlocutor para contradizê-lo ou sufocá-lo com opiniões categóricas e sair distribuindo conselhos sem que ninguém os tenha pedido - tudo isso deve ser abolido da conversação.

- "Para criar um clima de cordialidade, é preciso que o diálogo obedeça a um ritmo natural, um vaivém inteligente de réplicas, uma espécie de torneio no qual cada jogador tem a sua vez", diz Martha Calderaro em seu livro Etiqueta e Boas Maneiras (editora Nova Fronteira).

- E se você quer realmente manter a boa convivência no trabalho e se preocupa em preservar sua imagem, não exagere no tom de voz e maneire nos gestos. Saiba ouvir, evite excesso de familiaridade (ou de franqueza), fofocas, reclamações e indiscrições.

- Também não há quem agüente mau humor, puxa-saquismo e autopromoção. Tem mais: fuja de gírias, expressões estrangeiras, jargões técnicos e, claro, palavrões e piadas longas ou de mau gosto.

- Modos à mesa - O almoço de negócios funciona como um teste que lança luz sobre suas habilidades sociais. Vai convidar um cliente para um almoço de negócios? Ofereça a ele algumas opções de restaurante e uma ou duas datas. Dê preferência a um lugar conveniente para ambos, com um serviço rápido e um ambiente tranqüilo e iluminado.

- Na manhã do dia D, você ou sua secretária devem confirmar o encontro. Quem convida chega antes, um tipo de delicadeza que faz toda a diferença no mundo dos negócios.

- Quanto à postura, o ideal é sentar-se com elegância, mantendo a coluna ereta. Não "cole" as costas no encosto da cadeira enquanto come e evite esticar ou cruzar as pernas para não incomodar seu vizinho da frente.

- Quanto às mãos, procure mantê-las sobre a mesa, apoiando os punhos. Nunca descanse o braço sobre o colo ou os joelhos. O guardanapo, por sua vez, deve permanecer dobrado sobre o colo o tempo todo.

- O tema central do almoço deve ser abordado sem pressa, não antes da chegada do primeiro prato. Comece tratando de amenidades, para descontrair o ambiente. A partir daí, cabe ao anfitrião começar a falar de negócios.

- Nessa hora, é bom não chamar a atenção sobre si. Nada de levantar a voz para conversar ou chamar o garçom, gesticular demais, deixar o celular ligado ou fazer brindes ruidosos. Quem convida paga. Ao final da refeição, peça a conta, ou a nota - nunca a "dolorosa" ou eufemismos igualmente abomináveis.

- Ao recebê-la, não a estude como se fosse detalhes de um contrato. Procure manter um ar neutro e não comentar o valor. Se achar que há algum engano, trate do assunto depois que os convidados já tiverem se retirado.

- Ao telefone - Estima-se que 75% dos negócios são feitos por telefone, um instrumento de comunicação fundamental no mundo corporativo. Seu mau uso significa perda de tempo, de oportunidades e, por tabela, de muito dinheiro. Ao fazer uma ligação, o certo é identificar a si mesmo e a sua empresa. Explique rapidamente o motivo do telefonema e pergunte se é uma hora conveniente para conversarem.

- Se a pessoa estiver ocupada, pergunte quando pode ligar de volta. No decorrer da conversa, procure não falar muito devagar nem muito depressa e habitue-se a pronunciar o nome do interlocutor de tempos em tempos - a idéia é estabelecer um relacionamento mais pessoal.
Usar uma voz alegre, clara e calorosa - nem alta nem baixa demais - também gera empatia. Mas só isso não basta. É preciso ser rápido e objetivo ao prestar informações.

- E nada de deixar as pessoas esperando na linha sem fornecer uma explicação razoável pela demora ou remetê-la de uma seção a outra. Não há nada mais irritante. (Aliás, há sim. Ouvir do outro lado da linha vocativos como "meu bem", "meu anjo", "querido(a)", "coração" e afins.) Se por acaso a linha cair, a responsabilidade de retornar a ligação é de quem telefonou.

- Ainda: qualquer ruído estranho é considerado deselegante, pois sugere que sua atenção está em outro lugar. Portanto, não fale ao telefone com cigarro ou comida na boca, não masque chicletes, não rabisque papéis nem digite no computador.

- Existem ainda outras regrinhas de ouro relacionada a telefones. Ser breve, não abusar das ligações pessoais e responder às mensagens na secretária eletrônica no prazo máximo de 24 horas são algumas delas.

- Outra: se estiver acontecendo uma reunião em sua sala e o telefone tocar, não atenda, a não ser uma ligação extremamente importante. Desculpe-se pela interrupção.

- Pilote bem seu celular - Não há como contestar. O uso de celular serve para aumentar a produtividade e resolver emergências. Por outro lado, não há nada mais chato do que ouvi-lo tocar em lugares públicos.

- Para os usuários, a solução é simples: ao fazer uma visita, participar de almoços e reuniões ou assistir a palestras, desligue o aparelho - ou deixe-o no modo vibra call. Se por acaso esquecer e ele tocar, peça desculpa e desligue-o, sem atender.

LEMBRE-SE QUE SEMPRE TEM ALGUÉM OBSERVANDO VOCÊ E SUAS BOAS MANEIRAS E SEU EMPREGO PODE DEPENDER DAS MESMAS. BOA SORTE!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A FUNÇÃO GERENCIAL DO SECRETÁRIO EXECUTIVO

Sou professor do Curso de Secretariado Executivo Trilíngue da Universidade do Estado do Pará nas disciplinas Etiqueta Empresarial e Planejamento, Organização e Execução de Cerimonial de Eventos e acredito que a função do Secretário Executivo na atualidade, está voltada e perfeitamente adaptada para o mercado coorporativo sempre atento a diversidade de conhecimentos e velocidade constante de informações.


Qualquer gestor de uma empresa, seja ela pública ou privada, depende, para a fluência dos trabalhos da instituição, do empenho, dedicação, conhecimentos e visão de um secretário executivo e por isso, transcrevo abaixo o artigo da professora Maria Aparecida pelo qual compartilho da opinião para compartilhar conhecimentos com meus alunos.


O secretário executivo enfrentou muitos tabus e quebra de paradigmas. Confessamos que ainda tem muito a enfrentar, mas cada vez mais ele toma posição de destaque dentro da organização. E, um desses destaques é a sua nova nomenclatura na estrutura da organização: gestor. Cabe aqui, mostrarmos que, infelizmente não são todas às empresas, à aderirem esse novo conceito, ou seja, ainda falta muita conscientização da valorização dessa profissional.

Secretário ou gestor?
Se nós relembrarmos, em meados de 1960, o secretário era considerado um escravo. Fazia mecanicamente, o que o seu chefe ordenava.


Hoje, o secretário é totalmente polivalente, assessor, pró-ativo, flexível, responsável, com bom senso, iniciativa, competência, postura profissional, dinamismo, agente facilitador, com etiqueta pessoal profissional e tantos outros predicativos, fez com que o secretário formasse decisões, participando-as ao seu executivo. Com isso, não faltaram gestores com qualidades semelhantes, para enxergar tais mudanças de comportamento e engrenar o profissional secretário para outros desafios, como por exemplo: ser um gerente de marketing, tendo uma equipe de trabalho: planejando, organizando e controlando tais colaboradores para o objetivo da empresa e seu pleno sucesso de gerir tal departamento com êxito, lealdade e transparência (qualidades básicas para qualquer gestor).

O secretário executivo, como líder, enfrentará grandes desafios. Um deles, é nunca esquecer o que era, pois precisará de todos os seus antigos atributos para acrescentar esse outros, totalmente direcionado para à administração; para uma desenvoltura completa de sua nova posição, diante da organização.

Primeiros desafios pessoais à enfrentar o novo líder

Antes de mais nada, a nova gestora terá que pensar como líder, senão todo o esforço de ter chegado lá, foram em vão. Em seguida:


- Aceitar e valorizar a cultura interna positivamente;


- Afastar-se de fatos e pessoas negativas e negadoras. Cuidado com notícias ruins, afaste-se delas;

- Não reclamar e não falar mal dos outros;

- Cultivar a alegria, o riso e o bom humor;


- Ser alguém sempre pronto a colaborar, mesmo que você não seja mais a secretária;


- Surpreender à sua equipe com "momentos mágicos";


- Fazer tudo com sentimento de perfeição, prestando atenção aos detalhes, principalmente agora, que você é um gestor;


- Andar como antes: bem vestido, limpo e perfumado. Gostar sempre da sua imagem;


- Agir prontamente;


- Iluminar mais o seu ambiente de trabalho. A escuridão traz depressão;


- Ser um exemplo de comportamento para à sua equipe;


- Nunca demonstrar medo, diante do "novo". Sentir o medo, mas enfrentá-lo, sempre em qualquer tipo de situação;


- Saber conviver com os erros e acertos. Se o gestor errar, não pensar em desistir e voltar o - pensamento de ser um secretário executivo, novamente. Todos erram, desde o presidente da república até o porteiro da sua organização. Todos são mutáveis de altos e baixos, independente de cargos. Saiba somente administrar estas duas situações – faz parte da qualificação de um líder;


- Contar com suas próprias habilidades: motivação, liderança, etc.; que são natas em qualquer pessoa, mas melhoradas com o passar do tempo: em conhecimentos atribuídos em uma graduação, pós-graduação, com as pessoas que você conhece, enfim com a vida;


- Qualquer atitude a tomar, com sua equipe, se tratando de pessoas. Aja com se fosse elas. Para que você tenha um feedback sempre positivo. Magoar incoerentemente – é perder pontos;


- Pessoas difíceis sempre terão. Aprenda a lidar com as personalidades e respeitar o limite de cada um. Infelizmente, as pessoas não são como nós desejamos, pois afinal de contas elas não são a gente. Cada pessoa é única. Precisará que elas nascessem igual a você, quem sabe um clone. Foi um brincadeira, mas com um sentido sério. Será que um clone, melhoria ou pioraria à sua situação?;


- Falar bem, devagar é de fácil compreensão para o grupo;
- Faça o seu marketing pessoal e profissional de um forma que atinja os objetivos da empresa;
- Seja um gestor eficaz, como você era um secretário executivo eficaz.

- Adquira sempre mais conhecimento, principalmente agora que você é gestor. Se por acaso, não possa fazer uma pós-graduação, compre bons livros de administração, vantagem competitiva, marketing institucional, matemática financeira, gestão estratégica, gestão de pessoas e subjetividade, comportamento humano nas organizações, estrutura das organizações, estratégia empresarial, controladoria, psicologia para gestores, etc., para que você tenha uma diretriz técnica dos procedimentos administrativos.


É importante lembrar que o gestor, tem que estar pronto para o que der e vier. O mesmo pode ser convidado para escrever um livro, um artigo, e haverá necessidade do conhecimento da metodologia do trabalho científico, para compor tais textos.
Não seja como o seu executivo, quando você era um secretário. O mesmo, escolhia as referências bibliográficas, fazia os seus apontamentos e pedia para você digitar. Como gestor, conheça todos os passos, desde a formatação, até o completo conteúdo, para que você não dependa só de seu secretário, pois ele já tem muitos afazeres importantes, do que os particulares que lhes são incumbidos e, disso você sabe melhor do que ninguém no que nos referimos: você já foi um secretário, lembra?

Primeiros desafios profissionais a enfrentar o novo líder

- Conhecer com veemência o ramo de negócio da organização, desde a matéria-prima até o produto acabado ( isso, se o ramo for industrial, por exemplo);

- Conhecer a estrutura organizacional da empresa ( do alto escalão ao baixo);

- Ser taxativa em reuniões de acordo com às suas necessidades. Não fazer disso, um hábito para o seu bem sucesso, como muitos gestores o fazem. Muitas reuniões acabam confundindo o objetivo traçado, perda de tempo ( em alguns casos) e dispersão nos colaboradores que compõem o grupo. A praticidade em uma reunião planejada e organizada com seus objetivos já traçados, faz com que a segunda reunião ( daqui mais ou menos 15 dias), faça com que o grupo participe os resultados dos objetivos divulgados na primeira reunião;

- Promover eventos cerimoniais e protocolares à sua diretoria, para mostrar o sucesso de seu departamento, demonstrando os objetivos que foram concretizados com vitórias;

- Buscar alternativas junto à sua diretoria, para treinar à sua equipe ( lute por eles). Equipe capacitada, ajudará à atrelar às suas metas, com às suas realizações;

- Desenvolva à sua habilidade de comunicação interpessoal. Participe a todos, o que realmente você está querendo. O que você deseja deles. Nunca omita os seus desejos, à sua decepção e alegria. Seja sempre honesta, com você e com o seu grupo. Você sozinha não fará acontecer, somente com a união de todos. Deixe bem claro suas intenções;

- Tomar decisões acertadas, mas com calma e bom senso. Lembre-se: hoje você é gestora, um erro será fatal para a organização. Quando você era secretária um erro era fatal para o seu executivo. Claro, que ambas as situações você estará fora da organização. Mas, sem dúvida o peso de um erro como gestora, pesará muito mais em sua consciência;

- Relacionar-se bem somente com o grupo, não lhe ajudará em muito. Há a necessidade de um intercâmbio geral dentro de toda à administração. Claro, que não podemos agradar gregos e troianos, mas é sempre bom tentar;

- Dependendo da necessidade, fazer relatórios mensalmente ou diariamente, do seu departamento para à sua diretoria, é de grande propriedade para que esses saibam que você está empenhada em mostrar resultados. Ser um elemento de produção e não escassez;

- Reduzir os custos do seu departamento, com um planejamento bem feito, trará pontos positivos de seus superiores. Não podemos esquecer que toda organização deseja lucro e não prejuízo. Controle bem o seu centro de custo, diante de todas as despesas que serão imbuídas a ele;

- Faça acontecer, não espere. Que tal implantar um modelo de sistema de informação em seu departamento. E, se já o houver, que tal sugerir alguns implementos para à sua conservação?

O que leva o fracasso do gestor

São muitos os fatores, porém vamos detalhar os mais importantes;


- Ladrões de tempo de reunião – o motivo da reunião não é claro, conversas e discussões inúteis, etc.;


- Ladrões de tempo no telefone – conversas desestruturadas, falta de prioridades, etc.;
- Delegação insatisfatória – excesso de controle, medo de um colega fazer o trabalho melhor do que você, etc.;

- Gerente irresoluto – orientações equivocadas, prefere fazer a pensar;

- Comunicações insatisfatórias: problemas de idiomas, excesso de comunicações, etc.,

- Tomada de decisões insatisfatória – falta de visão (estratégica), alvos indistintos, etc.;

- Ausência de trabalho sistemático – não há planejamento, incapacidade de dizer não, etc.;

- Defeitos no computador – o computador quebra e não consegue acessar arquivos, a conexão da internet é lenta, etc.

O que leva o sucesso da gestora

Já é o contrário do fracasso, são poucos os ingredientes para o sucesso. Aqui o que prevalece é: o importante é qualidade e não a quantidade. Vamos ressaltar melhor:


- Se você tem um objetivo, que foi traçado dentro de um planejamento estratégico, tático e operacional, dentro dos conceitos estruturais da organização, com plena autorização de todos (superiores) e sua plena convicção, junto à sua equipe, que tudo dará certo. Não haverá fracasso. Claro, que para essa visão macro, você precisará de outros departamentos, de outras pessoas, para que todas as ferramentas necessárias: planilhas de custos, planilhas econômicas e financeiras, dados contábeis, informações fiscais, etc., participado pelos diversos departamentos, seja de uma confiabilidade completa, para que seus projetos tenham mensurações coesas.

Conclusão

O novo gestor, tem que ter em mente, as funções administrativas, como características básicas para à sua desenvoltura dentro dessa nova nomenclatura que ela irá assumir. São elas:

PLANEJAMENTO

- Estabelecer objetivos e missão; examinar as alternativas; determinar as necessidades de recursos; criar estratégias para o alcance dos objetivos.


ORGANIZAÇÃO


- Desenhar cargos e tarefas específicas; criar estrutura organizacional; definir posições de staff; coordenar as atividades de trabalho; estabelecer políticas e procedimentos; definir a alocação de recursos.

DIREÇÃO


- Conduzir e motivar os empregados na realização das metas organizacionais; estabelecer comunicação com os trabalhadores; apresentar solução dos conflitos; gerenciar mudanças.

CONTROLE

- Medir o desempenho; estabelecer comparação do desempenho com os padrões; tomar as ações necessárias para melhoria do desempenho.

Com certeza, tendo esses parâmetros básicos e um sério desenvolvimento de cada item, com a contribuição de todos e, principalmente à sua – já se pode pensar no sucesso como recompensa a cada objetivo traçado.

Mas, lembre-se: sem humildade e sem habilidade humana – nada será possível!

NENHUMA TECNOLOGIA IRÁ SUBSTITUIR O RESPEITO E O BOM TRATO PARA COM OS SERES HUMANOS.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

BOA EDUCAÇÃO TAMBÉM É COMPETÊNCIA


Ninguém precisa ser chato, gritalhão, autoritário e rabugento para ser um chefe competente. Contagiar a equipe com atitudes positivas exige boas maneiras e, acima de tudo, elegância.

Parece incrível, mas em tempos tão cibernéticos como agora, ainda há profissionais que usam o grito e o medo para liderar equipes. Talvez pela pressão sempre crescente por resultados, talvez por falta de educação mesmo. Mas, hoje em dia, com os recursos terapêuticos e de treinamento à disposição de todos, só é chefe chato quem quer.

Assim, aqui vão algumas sugestões úteis que líderes e liderados podem usar para tornar o ambiente de trabalho mais agradável, por pior que esteja a situação da empresa.

Não grite! Nada mais desmotivador e desnecessário do que o grito. Você acha que um profissional – independente da posição hierárquica – vai fazer melhor porque você ordenou algo aos berros? Que coisa mais pré-industrial! Gritos e impropérios não são mais aceitos e pesam contra o gritalhão. Podem, inclusive, redundar em processos por danos morais.

Onde está a sua inteligência emocional? Em vez de gastar a garganta à toa, aprenda a ouvir a equipe e a entender o grau de motivação pessoal e profissional de cada um. Argumente com calma e, se possível, procure decisões de consenso.

Um líder é, antes de tudo, um solucionador de problemas. Mas se começar a arrumar atritos para implementar a solução que considera adequado, você passa a ser um criador de problemas. Entenda que todos, inclusive você, têm limites. Não cobre dos outros o que você não consegue realizar. E, pode ser chato lembrar, um líder ainda é, antes de mais qualquer coisa, um operário-padrão. Dê bons exemplos para ser respeitado e seguido.

Não se esqueça das palavras mágicas! Bom Dia! Por Favor! Obrigado! Três expressões que, desde a invenção delas, abrem portas aparentemente instransponíveis e promovem reações positivas no mais renitente dos seres depressivos. Use-as, portanto, abuse delas!

Auto-estima é fundamental! Nem sempre a baixa estima do líder induz a maus resultados. Mas, com certeza, a alta estima faz a equipe inteira sentir que pode chegar aos céus com poucos passos. O líder com auto-estima em dia transmite garra e otimismo, transforma o ambiente de trabalho e lidera com mais segurança e tranqüilidade. Assim, não se descuide!

Seja pontual. O líder não precisa ser o primeiro a chegar. De fato, por conta de compromissos variados, pode mesmo ser o último a iniciar o trabalho no escritório. Mas ele deve deixar claro que tem um horário de chegar e sair, todos os dias.

Seja educado em todas as situações. Bons modos, acima de tudo! Mantenha a calma, o controle e o equilíbrio em momentos difíceis e embaraçosos, principalmente. Agindo sem irritação e com serenidade, PEDINDO em vez de MANDANDO, você transmitirá serenidade e confiança para sua equipe de trabalho.

Líder elegante sabe delegar. Delegue uma única vez ou à medida que o funcionário for realizando a tarefa. Seja qual for seu método, não faça do ato de delegar uma forma de chamar a atenção para si ou de privilegiar alguns membros da equipe. O líder deve ser o primeiro a evitar que se formem “panelinhas” na equipe.

Desenvolva a inteligência emocional da equipe. Utilize sua sensibilidade para construir o respeito ao outro. Converse com todos sobre os assuntos mais importantes da empresa e do departamento. Saiba ouvir o que o funcionário tem a dizer. Critique na medida certa e elogie sempre que achar necessário.

Levando em conta estas sugestões, você terá dado passos importantes para fazer de elegância e competência, mais do que uma rima, uma forma de liderar com sabedoria.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A IMPORTÂNCIA DO CERIMONIAL E DO CERIMONIALISTA

Com o objetivo de facilitar o convívio entre as pessoas em determinadas ocasiões e criar uma atmosfera agradável, o Cerimonial se estabeleceu em nossa sociedade como conseqüência natural da própria evolução humana. É nesta seara que o cerimonialista planta sua semente no trabalho diário de organizar, planejar, assessorar, executar solenidades, cerimônias, visitas, eventos.

É uma atividade gratificante, sem dúvida, mas que requer, principalmente, bom senso, planejamento, organização, vivacidade. Trabalha-se muito, sem feriados ou finais de semana, com horários rígidos para o início das atividades e sem a menor possibilidade de garantir quando serão encerrados os serviços.

Vocação. Não se pode esquecer esta palavra quando se exerce esta profissão. Sacerdócio – dirão outros. Com as duas, têm-se um grande profissional, com certeza. Não se pode esquecer isso nas tarefas do dia-a-dia, mesmo quando o tablado para ser montado chegar depois da entrada da autoridade principal do evento. Nestes momentos, o cerimonialista que exerce a profissão por vocação e faz do seu ofício um sacerdócio, terá jogo de cintura suficiente para resolver com maestria o problema.

Aliás, administrar problemas e vaidades é um dos ossos do ofício. Outro: acostumar-se com a antiga prática de se colocar a culpa no cerimonial em tudo que dá errado.

Ser cerimonialista requer doses diárias de preocupação com os detalhes. Cerimonial é a arte de descobrir a beleza que vem de dentro. Das coisas e das pessoas.

A profissão de cerimonialista é vista como uma profissão que tem glamour, porém inclui o conhecimento e aplicação de tantos detalhes que a tornam exaustiva. Exige raciocínio rápido e uma formação cultural sólida, com conhecimento e aplicação de outros idiomas e, principalmente, percepção para estabelecer respeito e criar um entendimento de consenso essencial.

A vida é feita de pequenos grandes detalhes. São esses preciosismos que fazem a diferença e marca, de forma indelével, a personalidade das pessoas e/ou contribuem na construção de imagens públicas, por um lado; por outro, distinguem posturas sociais e políticas de personagens e organizações em suas relações representativas, sejam elas agências governamentais ou corporações privadas. Daí a necessidade de atentar para uma perfeita elaboração de rituais de cerimoniais logísticos numa sociedade onde a imagem pública constitui um fator preponderante de prestígio, credibilidade e liderança. E o cerimonialista como não poderia deixar de ser é o profissional responsável por planejar soluções e executar ações voltadas ao encontro de aspirações políticas que contribuam na consolidação de cenários institucionais favoráveis, que permeiem intercâmbios variados ou fortaleçam processos interativos. Nesse sentido, o cerimonial passa a ser um elemento estratégico a serviço da construção e consolidação de imagens públicas, apoiadas na credibilidade e aceitação social das ações e realizações desenvolvidas.

Dúvidas que possam suscitar interpretações diferenciadas cabe, como determina esta lei, ao cerimonialista a decisão de se aplicar um dado procedimento. Isso quer dizer que em cerimonial não existem improvisações. O cerimonialista tem sempre a solução técnica, política e profissional que a solenidade requer. Ser profissional dessa atividade impõe, obrigatoriamente, o domínio de informações técnicas precisas, bom senso, sensibilidade política, nível cultural abrangente e segurança na condução da solenidade.

Pois é, cerimonialista é tudo isso. Não basta conhecer alguém que tem um "som", alguém que sabe cozinhar e nem juntar pessoas que tem alguma habilidade para que se autodenomine CERIMONIALISTA.

Relato um caso que aconteceu recente em nossa cidade de Belém do Pará. Um "cerimonialista" forçou tanto que conseguiu o contrato para fazer um baile para acadêmicos e se comprometeu a "fazer" a missa para os mesmos. Na hora, distribuiu os livros e determinou quem iria ler cada passagem. Detalhe: ele copiou o conteúdo de outro livro de outra faculdade e curso e quando os seus clientes foram fazer a leitura, verificaram que os nomes constantes no livro não eram os seus e que inclusive o curso era outro da área médica e eles do curso de Pedagogia. Estava criado o problema. No dia seguinte passou um e-mail para seus clientes pedindo desculpas e se colocando à disposição para compensar o mal estar ocorrido.

O mercado de trabalho está cheio destes "cerimonialistas" o que compromete todos os realmente profissionais, incluindo os que estão concluindo um curso de MBA em Cerimonial, Protocolo e Eventos Institucionais, estes sim, os verdadeiros profissionais em eventos.

Para o cliente menos avisado ou desconhecedor da real importência do cerimonial e do cerimonialista, o preço dos serviços terá maior relevância em detrimento da qualidade do profissional que executará o mesmo. Preço não é sinônimo de qualidade e no final, com um trabalho mal feito, não será somente a imagem do cerimonialista que estará arranhada - a da instituição que o contratou também e consertar esta imagem não é de um dia para outro, isso leva tempo, muito tempo.

Todos querem o melhor para seu evento, então contratem os mehores cerimonialistas pois terão segurança e destaque que a instituição merece.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

EQUÍVOCO CERIMONIALÍSTICO

Transcrevo abaixo um artigo do Cerimonialista Silvio Lobo Filho, Mestre de Cerimônias, Presidente do Conselho de Ética do Comitê Nacional do Cerimonial Publico, Professor Mestre Doutorando da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Escritor e Poeta que fala sobre Símbolos Nacionais.

Tenho assistido com certa constância em cerimônias cívicas a celebração do Hino Nacional Brasileiro voltando-se autoridades e público na direção da Bandeira Nacional, portanto, a ela em continência, o que, na verdade, constitui-se um equívoco e violação de culto ao Hino Nacional. Em matéria de símbolos nacionais tenho sempre como referência e autoridade no assunto o cerimonialista Fredolino Antonio David, responsável por essa área junto ao Comitê Nacional do Cerimonial Público, com o qual dialogo neste artigo. É dele a afirmação em seu trabalho apresentado no Congresso Nacional do Cerimonial Público: O Hino Nacional, juntamente com a Bandeira, as armas e o selo, são símbolos que representam a nação brasileira, a pátria que amamos e respeitamos. Os símbolos nacionais são pares, não há precedência e muito menos hierarquia entre eles; todos, isoladamente ou em conjunto são símbolos da nação, expressando o espírito cívico dos brasileiros. (DAVID, 2004).

De fato, o ato de voltar-se para a Bandeira Nacional no momento do cântico do Hino Nacional, externa demonstração de uma precedência do símbolo Bandeira sobre o símbolo Hino, que não existe.

Esse ato (voltar-se à Bandeira Nacional) não pode ser tratado como opção dos organizadores do evento, do anfitrião, ou do serviço do cerimonial, pois todos devem cumprimento à lei, e ela é determinante no que diz respeito aos símbolos nacionais não se admitindo violação. Os símbolos nacionais estabelecidos pela Constituição Federal Brasileira em seu artigo 13, §1º, foram devidamente regulamentados pelo Decreto-Lei nº 4545 de 04 de setembro de 1942, aperfeiçoado pela Lei nº 5.700 de 1º de setembro de 1971 e em parte complementada pelo Decreto 70.274 de 09 de março de 1972.

Todas as normas legais referenciadas não estabelecem em qualquer dos seus dispositivos normativos precedência ou hierarquia de um sobre outro símbolo.

Esta é a razão primeira da afirmação de que no momento do cântico do Hino Nacional Brasileiro em cerimônias cívicas ou religiosas em geral não se oferece continência à Bandeira, portanto, o público, sequer as autoridades que compõe a mesa devem voltar-se na direção da Bandeira, pois, não é esse o símbolo que se está cultuando e sim o Hino Nacional. É bem provável que o equívoco que se tem praticado por muitos serviços de cerimonial se deva a uma errada interpretação da lei que regulamenta os símbolos nacionais, Lei 5.700/91, em seu art. 25 ao estabelecer as hipóteses em que o hino nacional será executado em continência à Bandeira Nacional.

Para a correta interpretação desse artigo é preciso compreender o que e quando se presta continência a Bandeira Nacional. Veja o teor do artigo 25, incisos I e II da Lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971, que estabelece as seis (6) hipóteses de execução do Hino Nacional em continência, que são: à Bandeira Nacional, ao Presidente da República, ao Congresso Nacional incorporado, ao Supremo Tribunal Federal incorporado, nas cortesias internacionais, no hasteamento semanal obrigatório da Bandeira Nacional nas escolas. Note-se que dois são os momentos em que pode ocorrer a execução do Hino Nacional em reverência a Bandeira Nacional, a primeira em continência e a segunda na cerimônia cívica semanal dos estabelecimentos de ensino (Decreto nº 4.835, de 8 de setembro de 2003). A lei é taxativa fixando tais casos como únicos e em seu § 2º do mesmo artigo veda a execução do hino nacional em continência, fora da previsão ali estabelecida. É importante definir com a clareza necessária o que seja a expressão “continência”, utilizada pela norma legal.

Continência é o ato de reverência que é manifestado de várias formas pelos militares conforme normas estabelecidas no Decreto nº 2.243 de 03 de junho de 1997, conhecido por RRCONT ou R-2 (regulamento de continências). Para o civil, a continência na cerimônia de execução do Hino Nacional, pode ser definida como o ato do saudante voltar-se na direção do saudado (Bandeira, Presidente da República, etc.).

Quando a Lei menciona que o Hino Nacional será executado em continência ao Presidente da República, está determinando que todos se voltem para o Presidente da República no momento do cântico. Da mesma forma nos demais casos previstos.
Vejamos o caso em que o Hino Nacional é executado em continência à Bandeira. Note bem, é preciso compreender que a continência à Bandeira Nacional está contida em diversas formas fixadas no Decreto 2.243, de 03 de junho de 1997, em seu art. 15, norma também aplicável ao cidadão civil. No entanto, a norma legal estabeleceu uma única hipótese em que a Bandeira Nacional tem direito a continência (inciso I) ao ser hasteada ou arriada diariamente em cerimônia militar ou cívica.

Essa é a hipótese única da continência à Bandeira Nacional quando da execução do Hino Nacional. Ora, nas cerimônias cívicas em ambientes fechados não há hasteamento ou arriamento da Bandeira, portanto, o Hino Nacional nesses locais não é executado em cerimônia à Bandeira, portanto não se deve voltar para os dispositivos de bandeiras.

Observe que a lei ao regulamentar a execução do hino nacional em continência estabelece de forma restrita situações específicas e únicas acima referidas, tanto que o § 2º do artigo 25 na mencionada lei veda a execução do Hino Nacional, em continência, fora dos casos previstos no mencionado artigo.

Pois bem: nas sessões cívicas, nas cerimônias religiosas, nas ocasiões festivas, a execução do Hino Nacional é facultativa (§ 3º do artigo 25) e em sendo facultativa é vedada a execução do Hino Nacional em continência.

O que se extrai da vedação é que é proibido prestar outro tipo de continência na execução do Hino Nacional fora dos casos mencionados pela lei.

Dessa forma deve-se sempre ter em mente que a única hipótese que se presta continência à bandeira durante o cântico do hino nacional brasileiro é quando a bandeira é hasteada.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A ETIQUETA NO MUNDO DOS NEGÓCIOS: CULTURA FAZ A DIFERENÇA!


O mundo dos negócios é o mesmo em qualquer país. A rotina de compra, venda, busca de parcerias, clientela e abertura de representações ou filiais no exterior exige dos empresários das mais diferentes nacionalidades políticas bem definidas de atuação. O que muda, no entanto, é o comportamento de cada empresário, dependendo do país e da cultura à qual ele pertence. Alguns cuidados devem ser tomados para evitar surpresas desagradáveis. A análise preliminar dos hábitos, costumes e preferências de cada povo facilitará o entrosamento. Para otimizar o tempo e não desperdiçar a viagem, trazemos algumas dicas sobre a Etiqueta no Mundo dos Negócios.

J A P Ã O

Ao viajar para o Japão, o exportador brasileiro deve estar consciente de que as organizações são conhecidas por estimularem a internacionalização. Empresas brasileiras que desejam negociar com esse mercado não podem esperar que uma carta ou um telefonema relativos a um provável relacionamento comercial estimule uma resposta ou demonstre possível desinteresse. Pode ocorrer que o idioma ou o produto, embora conhecidos em outros países, não sejam familiares aos japoneses, até por insuficiência de informações na correspondência inicial. Em geral, o início dos negócios no mercado japonês se dá por intermédio de trading companies, pois na estrutura empresarial existente, a maioria dos grupos industriais e financeiros está ligada a essas empresas, responsáveis pela importação e exportação.

C H I N A

Imagine-se na China. Negociar requer paciência, tempo e conhecimento dos hábitos. A economia centralizada torna as práticas comerciais diferentes dos demais países, dificultando o intercâmbio com os parceiros. Para contatos iniciais o ideal é participar de feiras, missões e exposições comerciais realizadas na capital chinesa e nas cidades onde estão situadas as indústrias. Os contatos devem ser feitos com três a quatro meses de antecedência, desaconselhando-se o envio de apenas uma pessoa para a missão comercial pois os chineses, do mesmo modo que os japoneses, costumam negociar em grupo e esperam o mesmo dos seus parceiros. Os negociadores devem estar bem preparados e com conhecimento técnico para discutir o assunto a ser tratado, caso contrário serão descartados. É bom lembrar que quando o interlocutor chinês acena rapidamente com a cabeça não quer dizer que está concordando, mas apenas demonstrando atenção.A seriedade dos negócios é fundamental. As apresentações serão feitas por um porta-voz, facilmente reconhecido por estar sempre à frente do grupo, ainda que não necessariamente o mais importante na escala hierárquica. Vencidas a complexidade e rigidez das normas chinesas e fechado o negócio, podem ser estabelecidas relações comerciais duradouras. A tentativa de obter informações sobre as razões de um não fechamento de negócios é quase impossível. Neste caso, é melhor aguardar outra oportunidade.O padrão de comportamento chinês está centrado na honestidade, confiança e paciência, portanto, agir contrariamente pode ser considerado ofensa e fraqueza de espírito do negociador estrangeiro. Vale lembrar ainda que na Ásia muitos hábitos e costumes são regidos pela superstição e pela religião.

A L E M A N H A

A formalidade é uma das características dos alemães. O aperto de mãos ao cumprimentar alguém faz parte do relacionamento social, inclusive no âmbito das empresas. As pesquisas revelam que um alemão gasta vinte minutos todos os dias cumprimentando os colegas e seus superiores. Apresentar propostas sem bases ou falhas de argumentação em uma reunião de negócios poderá ser mais prejudicial do que não ter participado do encontro. Os empresários alemães agem de forma lógica e racional, prezam muito os títulos e estão sempre bem preparados para as reuniões. Consideram inadmissível a participação de substitutos sem poder decisório de fechamento de negócios. Os alemães tratam as pessoas sempre pelo sobrenome precedido de “sie”. Frankfurt é o paraíso para homens de negócios, recebendo, anualmente, milhares de empresários para suas 43 feiras comerciais. Nelas pode ser acompanhada a evolução dos diferentes setores industriais e de serviços. É bom ter senso de humor sem exageros nos negócios com alemães, pois são extremamente formais e reservados quando não conhecem bem as pessoas.

R E I N O U N I D O

Os países integrantes do Reino Unido (Inglaterra, País de Gales, Irlanda do Norte e Escócia) têm comportamento próprio e pontos em comum. Eventual informalidade do empresário brasileiro será mal interpretada e considerada vulgar frente ao padrão de comportamento sóbrio e discreto dos anglo-saxões. Da mesma forma que os germânicos, qualquer negociação deve ser conduzida com objetividade, consistência e concisão, mesmo sabendo que as decisões britânicas não são rápidas.

P A Í S E S N Ó R D I C O S

Nos países nórdicos a pontualidade, sobriedade e discrição são obrigatórias. Os dinamarqueses são conhecidos pelas suas habilidades comerciais e pelo vasto conhecimento do mercado internacional. Os escandinavos (dinamarqueses, finlandeses, islandeses, noruegueses e suecos) negociam o estilo self-sell, por isso o executivo brasileiro deve estar bem preparado.

P O R T U G A L

Os portugueses, como todos os latinos, cumprimentam com caloroso aperto de mão. Pontuais e menos extrovertidos do que os brasileiros, é comum todos falarem ao mesmo tempo nas reuniões.

E S T A D O S U N I D O S

A primeira preocupação ao negociar com os norte-americanos é a maneira como tratá-los. Só com consentimento aceitarão ser chamados pelo primeiro nome. A troca de abraços, típica dos latinos, deve ser evitada. As apresentações são feitas de acordo com a posição hierárquica, independente da idade ou sexo.Os norte americanos aproveitam o horário do breakfast (entre 8 e 9 horas) para fechamento de negócios. Deve-se esquecer os hábitos brasileiros e respeitar o comportamento daquele país, principalmente no cumprimento de horários, onde atrasos são inaceitáveis. Várias reuniões podem ser realizadas no mesmo dia, sendo apreciadas a comunicação direta e clara, para solução rápida das negociações.

M É X I C O

Se o seu destino for o México, tenha em mente a seriedade nos negócios e no trato pessoal dos interlocutores daquele país. È preferível o contato pessoal à troca de correspondências, utilizada apenas em contatos iniciais e nunca para concretizar negócios. A exemplo do Brasil, as apresentações são sempre precedidas de expressões como “muito prazer”. No início não são tratados negócios, pois os mexicanos gostam de conversar mais sobre outros assuntos, exceto religião e política. A aparente perda de tempo se justifica pelo interesse mexicano em conhecer melhor as pessoas com que negociam. A maneira de vestir e o tratamento serão sempre formais. O uso das expressões “Señor”, “Señora” ou “Señorita” é tão importante quanto a imagem que se passa. Com a adesão do México ao Nafta e conseqüentemente aumento do comércio intra-regional, muitos costumes americanos e canadenses foram absorvidos pelos mexicanos. O antigo e impensável hábito de ser pontual foi um deles, ainda que possam ocorrer alguns atrasos. As conversações podem transcorrer numa mistura dos idiomas português e espanhol, mas os executivos, em geral, falam inglês.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

DEZ MANCADAS QUE ARRASAM SUA CARREIRA






















Aqui vão algumas observações importantes sobre o que NÃO fazer para se dar bem.

Escolher o grupo errado


Entrar na empresa e logo se associar ao grupo dos que vivem reclamando e que não produzem muito. O momento é bom para exercitar a administração do tempo diante das novas funções, perguntar sobre prazos de conclusão de tarefas, tomar notas, pedir ajuda.



Fingir que o chefe não existe

Tem gente que age como se o chefe não existisse, principalmente quando ele é uma pessoa difícil. Mas a melhor atitude é enfrentá-lo, quer dizer, desarmá-lo, usando assertividade e bom humor. Vale também observar o que ele não gosta e tentar não fazer, mas cuidado para não parecer bajulador.


Assumir sempre a atitude de vítima
Todos trabalham sob grande stress e pressão. Por isso mesmo, você precisa ajustar sua atitude. Jamais seja vítima das circunstâncias. Analise as pessoas, o ambiente e a SUA atitude sob stress. Ponha seus instintos para funcionar e mapeia de onde e de quem podem vir problemas. Elabore uma estratégia para tentar evitá-los. Principalmente, controle seus comentários para não magoar pessoas. Com isso, fica mais fácil assumir seus próprios erros, quando eles ocorrerem.

Trabalhar sem objetivos

Todo bom profissional sabe que a motivação vem de dentro de si mesmo e que ela depende dos objetivos. Uma pessoa sem objetivos “carrega” o emprego nas costas, já que as tarefas mais rotineiras tornam-se pesadas e dia de trabalho, interminável. Não ter objetivos próprios que convirjam com os da empresa é uma mancada e tanto... pode acabar com carreiras promissoras. Por isso, esteja sempre atento e pergunte-se constantemente: ainda tenho o que fazer nesta empresa? Ainda posso almejar crescimento pessoal e profissional aqui? Em outro lugar teria mais chances? Não espere o trabalho ficar enfadonho para saber que é o momento de ir buscar novos desafios.


Expressar raiva e lidar com conflitos de maneira errada


Se você está com raiva de algum colega, não “estoure”. Nem vá descarregar em outra pessoa, ainda mais se for um subordinado. A época dos gritalhões já passou. Hoje, as empresas buscam equilíbrio e profissionais que saibam lidar com os conflitos de forma positiva. Se você está insatisfeito ou frustrado, converse com quem lhe causou esta frustração no momento mais adequado – isto é, quando você puder expressar seus sentimentos de maneira civilizada, para atingir o objetivo (resolver a mágoa, por exemplo). Sentimentos não são bons nem ruins. A maneira que escolhemos para expressa-los é que os tornam uma coisa ou outra. Aprenda a demonstrar o que sente de forma positiva, que não o prejudique.


Não entender a política do escritório

Dar-se bem no emprego também significa relacionar-se bem com as pessoas em volta. E, nesse campo, as regras são sempre sutis, não-escritas. Você precisa percebe-las pelos gestos, pelos comportamentos dos demais. E precisa comunicar-se adequadamente. Isto não significa “entrar na dança”, aceitar o ambiente como ele é, mas demonstrar claramente como você é respeitando o jeito de ser dos demais. Não se isole, não seja impaciente, não rompa as regras. Aceite para ser aceito.


Fugir das responsabilidades


Hoje em dia, a característica mais importante em um profissional é a iniciativa. Sabe por quê? Porque pessoas com iniciativa não precisam de outros para lhes dizer o que fazer. E não têm medo de correr riscos e arcar com responsabilidades. Assim, demonstre que você está apto a assumir novas funções dentro da empresa. Isto só vai contar ponto a seu favor.


Não saber dosar trabalho e lazer


Quem se mata de trabalhar a ponto de chegar à exaustão e ao stress não é um profissional dedicado. É uma pessoa em busca de equilíbrio que, por não saber dosar as energias, acaba se prejudicando justamente no trabalho. Por isso, aprenda a administrar sua vida, antes de saber como administrar procedimentos e problemas no escritório. Quem sabe curtir a vida e relaxar nas horas apropriadas volta ao batente com mais disposição e força para atingir as metas.

Parar de evoluir


Esta é a mancada mais comum nos últimos tempos. Parar de evoluir tem a ver com a maneira como você encara sua vida profissional: você tem uma carreira ou um emprego? Na primeira hipótese, você está sempre procurando a sua realização pessoal e sabe que ela não tem um fim; quando você atinge um objetivo, já aparecem outros para você conquistar e tais objetivos vão exigir uma evolução. No segundo caso, você tem um suporte financeiro para não morrer de fome. Nada mais. Então, não precisa ou não quer mudança. Só quer fazer o suficiente para garantir o salário no fim do mês. Em qual situação você se encontra? Se for estagnação, você vai ter de dar a volta por cima e dominá-la.
Abandonar os sonhos


Não esqueça seus sonhos de juventude. Recicle-os. Você queria mudar o mundo aos 18 anos? Por que não querer ainda aos 40, só que por outros meios e outros métodos mais aperfeiçoados pela experiência de vida acumulada. Esta “visão de futuro” vai ajudá-lo a manter-se motivado, não importa quantos o considerem maluco. Como dizia Raul Seixas, “misturando a maluquez com a lucidez”, você consegue manter-se firme nas horas de angústia.

BOAS MANEIRAS ABREM AS PORTAS DO MUNDO MODERNO


O garfo surgiu no final da Idade Média como utensílio para retirar alimentos da travessa comum. Não existiam, na época, pratos ou talheres de uso individual. "Cinco séculos se passariam antes que a estrutura das relações humanas mudasse o suficiente para que o uso desse utensílio atendesse a uma necessidade mais geral." Quem faz a afirmação é o sociólogo alemão Norbert Elias (nascido em 1897) nesse livro hoje reconhecido como clássico. Publicado pela primeira vez em alemão em 1939, mas fora da Alemanha, de onde o autor fora obrigado a fugir por causa do nazismo, só em 1979 foi traduzido para o inglês e só este ano lançado no Brasil.


O garfo passou a ser usado para comer a partir do século XVI, mas apenas nas classes altas. Um século depois, ainda era artigo de luxo, normalmente feito de prata ou ouro. As maneiras à mesa, de modo geral, incluindo o uso do garfo e de outros instrumentos para comer, atingiriam seu estágio mais refinado e complexo entre a aristocracia do século XVIII. Desde então as maneiras nada mais são do que variações de temas já elaborados naquele século e nos precedentes, segundo Elias. Mas o que efetivamente mudou? Para alguns, não se trata de grande coisa. Mudaram certos costumes em muitos séculos, e daí?


Não teria sentido descarregar tanta análise sociológica em cima de um tema tão frívolo - as boas maneiras. Mas, para Elias, a mudança dos pequenos costumes indica profunda transformação nas sociedades européias. Passa-se de uma época, a Idade Média, em que as proibições e controles são suaves, para outra, a Moderna, em que se impõem grandes restrições ao jogo de emoções. Para fisgar esta mudança, Elias lança mão de um método ao mesmo tempo profundamente simples, erudito e inteligente. Daí a beleza do livro. Em antigos tratados de boas maneiras o autor procura o que precisava ser ensinado, para descobrir o que não precisava mais ser dito nem ensinado com o passar dos séculos, pois os novos modos de comportamento já vinham sendo incorporados ao senso comum como um hábito natural.


Elias mostra como os autores dos livros de boas maneiras do início da época moderna se preocupavam em reprimir tipos de comportamento que hoje não precisam mais ser reprimidos, uma vez que já os reprimimos naturalmente. Na sociedade medieval, por exemplo, precisa-se instruir os adultos: "Uma pessoa não deve fungar nem estalar os lábios enquanto come. Nem cuspir de um lado a outro da mesa nem assoar-se na toalha (usada para limpar os dedos de gordura) ou nos dedos (que tocam a travessa de servir comum). Partilhar o mesmo prato ou travessa com outras pessoas é natural. O indivíduo deve apenas evitar cair sobre o prato de servir como se fosse um porco e devolver a comida mastigada à travessa comum".


Para nós, é pouco. Um europeu moderno que sentasse a uma mesa medieval onde os convidados seguissem esses conselhos dificilmente conseguiria evitar sentimentos de repulsa e nojo. Alguns talvez desmaiassem. Vomitar, por exemplo, não era considerado naquela época necessariamente um ato repugnante, desde que fosse feito com uma certa discrição. Os resultados da pesquisa de Elias não deixam de ser cômicos em alguns momentos, visto que as lições dos livros antigos são óbvias, quando não absurdas e surrealistas para a nossa sensibilidade moderna. Elias não vê progresso na modernização das maneiras, nem o que costumamos chamar civilização, usando a palavra como juízo de valor.


Ele relativiza estes conceitos, mostrando que a evolução do processo civilizatório resultou de uma dinâmica de classes em que certos grupos procuraram se distinguir socialmente de outros por meio do comportamento, e também da crescente individualização da mentalidade européia no período moderno, que torna nojentos os cheiros, ruídos e secreções emitidos pelos outros. O preço desse processo é alto: internalizamos uma repressão secular. Ao analisar a mudança dos hábitos do cotidiano em termos de transformações das sociedades e ao relativizar o conceito de civilização, Elias, na década de 30, antecipou-se a escritores pós-modernos como Michel Foucault e aos adeptos da Nova História na França. Com uma graça e uma simplicidade que têm algo de antigo.